Por que persistem atitudes de posse e machismo? Especialistas discutem
Participam deste debate a promotora de Justiça da Mulher de Vitória, Sueli Lima e Silva e o psicólogo Herlan Wagner Peixoto
Violência doméstica. Crédito: Canva Pro
Ao longo deste mês de novembro, o assunto em destaque no "Segurança em Foco" é a violência contra a mulher. Dessa vez, o destaque é como, ainda hoje, persistem na sociedade pensamentos e atitudes de posse, machismo, que desencadeiam em ações extremas de violência, como é o caso do feminicídio. Além da promotora de Justiça da Mulher de Vitória, Sueli Lima e Silva, participa da discussão o psicólogo, Herlan Wagner Peixoto, que atua na equipe psicossocial da 1ª Vara Especializada em Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Vitória, ligado ao poder Judiciário. Herlam, junto a outros especialistas, é um dos responsáveis por fazer a chamada "escuta ativa" das partes envolvidas no ciclo de violência - seja com as mulheres, vítimas da violência, ou até mesmo com os homens agressores. "De início, a gente já percebe, quando começa a ouvir esses homens que dentro deles há aquele sentimento de posse, de controle, do machismo. Fazer esse processo de escuta também é um processo de 'desconstrução' da figura masculina, de um sistema machista, patriarcal, que acha que a mulher é posse", explica. Um processo de superação da masculinidade tóxica. Ele explica que essas escutas funcionam como espaço de vinculação, dialogicidade e construção conjunta. Ouça a conversa completa!