Comunidades quilombolas se reinventam na pandemia
Um levantamento aponta que as 100 comunidades quilombolas capixabas sofreram com os casos de infecção e de mortes pela Covid-19
Comunidades quilombolas se reinventam na pandemia. Crédito: Comunidade Quilombola Graúna/Divulgação
O Painel Covid-19, ferramenta que reúne os dados sobre o comportamento da pandemia no Espírito Santo, não mostra o impacto da doença nas comunidades quilombolas capixabas. No entanto, de forma geral, o sistema revela que os negros são os mais afetados pelo vírus no Estado.
A população formada pelos pretos e pardos representa 37,5% dos moradores infectados. Já em relação às mortes provocadas pela contaminação, 41% das vítimas eram homens e mulheres autodeclaradas pretas ou pardas. Os dados foram coletados nesta segunda-feira (25).
Um levantamento realizado pela Conaq, Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas, aponta que as 100 comunidades instaladas de Norte a Sul do Estado sofreram com os casos de infecção e de mortes provocadas pelo novo coronavírus. Desse total, cerca de 50 foram certificadas pela Fundação Palmares.
Reportagem especial de Isaac Ribeiro