Paternidade em pauta: crianças sem pai na certidão e a luta das cooperativas no ES

Através da oferta de testes de DNA, instituições agem para que crianças capixabas tenham o campo de filiação completo

Vitória
Publicado em 10/10/2024 às 18h27

Ester agora tem a alergia de carregar o nome do pai e da mãe na certidão de nascimento. Crédito: Arquivo Pessoal

Pertencimento e dignidade. Os dois adjetivos representam o projeto “Meu Pai Tem Nome”, implantado em agosto de 2024 na Grande Vitória pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo, em parceria com as cooperativas Instituto Unimed Vitória e Sicoob ES, além do laboratório Tommasi. O objetivo é auxiliar que crianças de 5 a 10 anos tenham o nome do pai na certidão de nascimento. A ação se faz importante ao analisar os números dos cartórios do Espírito Santo.

De janeiro 2016 ao início de outubro de 2024, mais de 24 mil crianças capixabas foram registradas sem o nome do pai na certidão. Em dados percentuais, o número representa 5,14% dos nascidos no Espírito Santo no período. Só neste ano, até o início do mês de outubro, 6,25% capixabas começaram a vida sem contar com a filiação paterna no primeiro documento. Este já é o maior percentual dos últimos oito anos, segundo dados do Portal da Transparência da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen).

Nesta reportagem especial, você conhecerá a história da pequena Ester e de seu pai, Fabrício Rocha. Com o apoio do projeto, a filha agora tem a alegria de contar com o nome do pai na certidão. A história da família, que mora em Barramares, Vila Velha, mostra o poder das cooperativas no Espírito Santo. A reportagem teve produção de Mikaella Mozer, Beatriz Heleodoro e Alberto Borém. A edição de áudio é de Augusto Debané. Ouça a conversa completa!

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